quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O desafios para o professor na era digital


Resumo


Ângelo Edval Roman


Que faz o professor, geralmente mal remunerado, sem computador e ocupado em mais de um emprego, para se atualizar em sua disciplina e também em informática, já que isso não é mais um diferencial, mas um pressuposto? As normas formas de se relacionar permitidas pela tecnologia implicam novas formas de socialização e de relacionamentos. Os conhecimentos provêm hoje mais dos media do que da escola e do sistema formal de difusão de conhecimentos. A escola está preparada para esses alunos que dedicam a maior parte do tempo em atividades que não as escolares, que sabem como tratar com o computador para selecionar e elaborar informação? A dificuldade hoje é lidar com o excesso de informações, mais do que com a falta delas.
São necessários um novo tipo de treinamento educacional, uma forma nova de competência crítica, o domínio da leitura e da escrita de novas linguagens. Porém, o uso da tecnologia deve ter racionalidade. A priorização da formação técnica gera perdas. Nenhum recurso tecnológico detecta a infelicidade ou a necessidade de relacionamento humano. A leitura de mundo e a interdisciplinaridade são contrapontos à mera transmissão de informações. Hoje existe o “analfabeto digital”, fadado à discriminação. O primeiro incluído digital deve ser o professor,neste mundo que separa os informados dos não-informados. Se os educadores não conduzirem a introdução do computador na escola, outros o farão. Se essa introdução não alterar a maneira de ensinar, haverá pouco efeito sobre a educação. Não há máquina que substitua o professor, a menos que ele o mereça. Apresentar vídeo e deixar os alunos assistirem passivamente não tem nada de tecnologia. O docente deste século deve ser um orientador de onde colher, tratar e utilizar a informação. O professor, com um giz ou um mouse, necessita estar sintonizado com os desafios de seu tempo.

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